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"Tantum homo habet de scientia quantum operatur". (O conhecimento que o homem possui é só aquele que aplica - São Francisco)


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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Semanário

ÁREAS DE CONHECIMENTO


SEGUNDA-FEIRA

• Leitura compartilhada;

• Uso do livro de dadático;

• Produção e interpretação de texto;

• Desenvolver a leitura e escrita através de variados tipos de textos,relacionados aos temas em destaque;

TERÇA-FEIRA

• Atividades escritas, resoluções de problemas;

• Exploração do material concreto matemático;

• Sistematização dos resultados;

• Uso do livro didático;

QUARTA-FEIRA

• Exploração gramatical através de textos diversos;

• Atividade com pesquisa em sala;

• Recorte e colagem de palavras estudadas;

• Atividades relacionadas as ciências naturais;

QUINTA-FEIRA

• Atividades ligadas as ciências sociais(história);

• Usar o livro didático;

• Atividades ligadas as ciências sociais( geografia);

• Uso do livro didático;

SEEXTA-FEIRA

• Produção criativa: desenhos, pinturas e colagem;

• Atividades lúdicas recreativas, com:músicas, filmes, dinâmicas,jogos, brincadeiras,etc.

• PLANEJAMENTO/ QUINZENAL.



OBS.: SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DO SEMANÁRIO/3º E 4º ANOS

COORDENADORA RESPONSÁVEL: Joana D’arc de Souza

Projetos Pedagógicos

O lúdico como motivação nas aulas de Matemática



As atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos...) devem ser vivenciadas pelos educadores. É um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, bem como uma possibilidade para que afetividade, prazer, autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam, permitindo que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir.



Quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. E a curiosidade que os move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar.

Caminhos de aprendizagem



Vale salientar que o aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca.



Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós, como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.



O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, quebra-cabeça, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e divertido.

Analisando as possibilidades do jogo no ensino da Matemática, percebemos vários momentos em que crianças e jovens, de maneira geral, exercem atividades com jogos em seu dia-a-dia, fora das salas de aula. Muitos desses jogos culturais e espontâneos, apresentam impregnados de noções matemáticas que são simplesmente vivenciadas durante sua ação no jogo.



O desenvolvimento do projeto Matemática e ludicidade buscou envolver os educandos nas brincadeiras, jogos e desafios apresentados e construídos. Os vários conteúdos matemáticos trabalhados de forma lúdica e prazerosa com os alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª Séries) do Colégio Municipal Aurelino José de Oliveira (Candiba, BA) tiveram grande relevância. Os alunos perceberam que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática.



Sandra Alves de Oliveira,

pedagoga e especialista em Matemática e Estatística,

professora no Departamento de Educação

de Guanambi, BA, Uneb.

Endereço eletrônico: soliveira4@hotmail.com

Artigo publicado na edição nº 377, jornal Mundo Jovem, junho de 2007, página 5.









Dinâmica

Estrada grupal

Objetivo:



Facilitar o conhecimento entre os participantes de um grupo;

Resolver situações-problema e desafios matemáticos.



Procedimentos:



1) Distribuir a cada participante uma peça de um quebra-cabeça que, montado, formaria a imagem de uma estrada;

2) Algumas peças possuem no verso uma pergunta, e outras, uma resposta. Na relação entre a pergunta e a resposta as peças se encaixam;

3) Os participantes devem procurar, entre todos os outros participantes, a peça que irá completar a sua parte do quebra-cabeça;

4) Formarão, então, duplas para falarem e discutirem o que sugerem os seus desafios;

5) As duplas apresentam para o grupo, comentando sobre a pergunta e a resposta;

6) Após as apresentações, o grupo é convidado a formar, com as peças já em dupla, o quebra-cabeça da estrada;

7) Com a estrada construída, abrir para discussões e comentários no grupo;

8) Fechamento da dinâmica.



Brincando com a Matemática



O professor organizará a competição, formando um número de equipes de acordo com o número de colunas de carteiras existentes na sala de aula. Os alunos estarão de pé, ao lado de suas carteiras. O professor anunciará, em voz alta, uma operação matemática cujo resultado final seja um número que só tenha um algarismo.

Exemplo: 3x5-12=?

Os alunos, em grupo, resolvem mentalmente a expressão e agrupam-se em círculo, na frente de sua coluna, dando os braços entre si, de acordo com o resultado (no exemplo acima devem participar apenas três alunos). Sairá vencedora a equipe que responder corretamente a expressão matemática, no menor tempo possível.

Fonte: SILVA, Elizabeth. “Recreação com jogos de matemática”. Rio de Janeiro: Sprint, 2001, p. 24.

UTILIZAÇÃO DE CRACHÁ

SUGESTÕES DE DINAMICAS DE APRESENTAÇÃO


UTILIZAÇÃO DE CRACHÁ

A professora deverá entregar antecipadamente os crachás às crianças (com os nomes das mesmas), no momento da chegada. Na rodinha, todos sentados, um aluno de cada vez irá apontar para o seu nome e uma coisa que gosta de fazer.

UTILIZANDO FICHAS DE COMANDO

A professora espalhará na sala fichas de cartolinas com vários comandos. Se a turma for composta por 30 alunos, deverá ter 30 fichas com comandos diferentes ou a critério da professora. Colocar música e solicitar que as crianças caminhem até parar a música. Nesta hora a professora solicitará que peguem a ficha e lerá um a um, os comandos para os alunos fazerem.

COMANDOS:

• Abrace um amigo;

• Cumprimente o amigo;

• Diga seu nome;

• Dê um beijo em um amigo(a)

• Pule com seu amigo(a);

• Rodopie com um amigo;

• Faça carinho em um amigo;



Ao final da dinâmica a professora falará sobre a importância de ter amigos, respeitá-los, escutá-los, ajudá-los...

Emancipação de Alagoas/ Trânsito

Serviço de Coordenação Pedagógica


Unidade de estudo: Emancipação de Alagoas/ Trânsito

Público Alvo: alunos do 1º ao 5º ano

Período: 14 a 25 de setembro de 2009

Áreas de conhecimentos: LINGUAGEM ORAL E ESCRITA, MATEMÁTICA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA, CIÊNCIAS, ARTE.

Coordenadora responsável: Izabel Cristina do nascimento /Joana D’arc de Souza/Maria vieira



SUGESTÕES PARA O DESENVOLVIMENTO:

• Inicie uma conversa com os alunos fazendo um levantamento prévio sobre a temática;

• Realize uma roda de leitura sobre o tema;

• Ouvir e cantar o hino de Alagoas e outras músicas como ( Maceió minha sereia, saudade de Maceió) e também com a temática trânsito;

• Trabalhar com reescrita;

• Proporcionar momentos de leitura individuais ou coletivas;

• Apreciar a bandeira de Alagoas, o brasão;

• Apreciar placas de sinalização de trânsito e semáforos;

• Produções textuais com cada temática;

• Produzir um texto coletivo no blocão;

• Bingo;

• Rimas;

• Acróstico;

• Narração de fatos;

• Formas geométricas;

• Medidas;

• Problemas contextualizados;

• Classificação das cores;

• Semelhança e diferença;

• Tipos de paisagens (natural e modificada);

• Explorar a questão ambiental aproveitando a modificação da paisagem natural com a duplicação da Al 101 sul, modificando assim o fluxo do nosso trânsito.

VOCÊ É ESPECIAL

As pessoas com as quais convivemos parecem ser todas iguais, porem só se diferenciam quando encontramos nelas determinadas qualidades que as tornam especiais.

UNIDADE DE ESTUDO: CARNAVAL

Nossa programação prevista para esta unidade de estudo:

PERÍODO DE 16/02 A 06/03 DE 2009.

16/02- Segunda-feira: Recebimento dos alunos com aula festiva;

17/02-terça-feira: Apresentação da unidade de estudo com o tema: CARNAVAL;

18/02-quarta-feira: Estudo do texto História do carnaval; Atividades recreativas envolvendo dinâmicas;

19/02-quinta-feira: Produzir adereços para o CARNAVAL (máscaras, cartazes, etc.);

20/02-sexta-feira: Comemoração Carnavalesca.

26/02- quinta-feira: Aula recreativa;

27/02-sexta-feira- Aula recreativa;

02/03-segunda-feira: Continuando o tema Carnaval; (produção de texto com acróstico no blocão), sondagem diagnóstica com relacionadas ao tema da unidade;

03/03-terça-feira: Estudo contextualizado de problemas envolvendo (adição e subtração), envolvendo o sistema monetário brasileiro, gastos na festa carnavalesca. Adequar ao nível da turma.

04/03-quarta-feira: Estudo da Linha do tempo (origem do carnaval);

05/03-quinta-feira: Trabalhar marchas carnavalescas(pesquisa);

06/03-sexta-feira: Encerramento da unidade de estudo com atividades lúdicas.



OBS: atividades sugestivas.

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DOS 3º E 4º ANOS.

CARNAVAL

SERVIÇO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


UNIDADE DE ESTUDO: CARNAVAL

TEMA: RESGATANDO A FOLIA CARNAVALESCA.

PÚBLICO ALVO: Alunos dos 3º e 4º anos

Áreas de conhecimentos: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Arte, Religião.

Justificativa:

Resgatar a tradição carnavalesca, além de ser uma forma divertida de comemorar, permite que os alunos trabalhem a criatividade e ampliem seus conhecimentos sobre esta famosa festa brasileira . Nesse contexto, os alunos entram em contato com a cultura desde cedo e assim começam a aprender suas tradições.

Objetivos:

• Conhecer o carnaval como uma festa do nosso folclore;

• Identificar músicas carnavalescas;

• Cantar e dançar músicas de carnaval;

• Conscientizar e prevenir os alunos em relação a saúde e segurança durante o carnaval;

• Desenvolver a linguagem oral e escrita;

• Promover uma festa carnavalesca na escola, para integrar os alunos.



Desenvolvimento:

• Conversar com os alunos sobre o carnaval, dando a eles oportunidades para explorarem seus conhecimentos e vivências;

• Contar brevemente a história do carnaval e ressaltar as diversas maneiras de comemorá-los (nas ruas, bailes, concursos de fantasias, desfile de escolas de sambas, etc.)

• Leitura de textos (jornais, revistas, propagandas, e músicas carnavalescas).

• Providenciar fotos ou imagens nas quais os alunos possam visualizar algumas manifestações populares;

• Entrevistar pessoas mais velhas procurando relatos sobre o antigo carnaval;

• Solicitar como tarefa de casa, que os alunos procurem fotos de familiares com fantasias de carnaval ou comemorando a data. Em sala de aula, para os alunos mostrar as fotos para os colegas e depois confeccionarem um painel coletivo;

• Ressaltar que existem músicas carnavalescas com ritmos variados (axé, samba, frevo, etc.);

• Trabalhar algumas marchinhas de carnaval, criando juntamente com os alunos momentos coreografados;

• Confecção de máscaras, fantasias e cartazes;

• Atividades de colagem, pintura, recorte, além das músicas no blocão para expor na sala;

• Decoração e ornamentação das salas.



Sugestões de palavras: folia, máscara, música, rei, confete, alegria, carnaval, rainha, fantasia, bloco, serpentina, marchinhas.



Culminância

• Realizar um baile na escola, com máscaras, fantasias, confetes, serpentinas, etc.

“VIVÊNCIAS JUNINAS COM GONZAGÃO”

UNIDADE DE ESTUDOS:


“VIVÊNCIAS JUNINAS COM GONZAGÃO”

COORD. RESPONSÁVEL: JOANA D’ARC DE SOUZA



UNIDADE DE ESTUDO: VIVÊNCIAS JUNINAS COM GONZAGÃO.

ÁREAS DE CONHECIMENTO: LINUAGEM ORAL E ESCRITA, HISTÓRIA, CIÊNCIAS, MATEMÁTICA, ARTE, ENSINO RELIGIOSO, GEOGRAFIA.

PÚBLICO ALVO: ALUNOS DO 3º E 4º ANO.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 08 A 23 DE JUNHO

COORDENADORA RESPONSÁVEL: JOANA D’ARC DE SOUZA.



JUSTIFICATIVA:

Junho, é tempo de festas juninas. A mesma é festejada em todo o Brasil, sendo de maior concentração na região Nordeste. Para que essa manifestação cultural não venha a se perder por falta de apropriação de bens, nós como educadores, atuamos nessa unidade de estudo a fim de que nossas crianças sejam agentes conscientes dessa manifestação, tendo-a como um bem cultural-histórico de nosso povo.

Logo, nessa vivência visamos, contar a trajetória de vida do grande cantor Luiz Gonzaga, ressaltando a riqueza da cultura nordestina utilizando as músicas e letras deste grande músico.



OBJETIVOS:

• Identificar: trajes,músicas, danças e comidas típicas da época;

• Conhecer os perigos causados pelos fogos, fogueiras e balões;

• Valorizar e respeitar a nossa cultura nordestina;

• Conhecer o caminho do Milho (sementes e alimentos derivados industrializados.)

• Apresentar a cultura popular do nordeste;

• Divulgar a vida e obra do grande cantor Luiz Gonzaga.

EU E MINHA ESCOLA

UNIDADE DE ESTUDO PARALELA: EU E MINHA ESCOLA.


PÚBLICO ALVO: ALUNOS DOS 3º e 4º ANOS

ÁREAS DE CONHECIMENTO: TODAS AS DISCIPLINAS.

PERÍODO : 09 a 31 DE MARÇO

OBJETIVO GERAL:

Possibilitar a construção da identidade do aluno a partir das relações sócio-histórico-culturais, de forma autêntica, consciente e contextualizada.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Promover a compreensão dos diferentes tipos de relações, harmoniosas ou conflitantes, na escola e no ambiente social.

Conscientizar-se da importância de um bom relacionamento em grupo(escola, família e amigos).

Promover momentos para que o aluno observe o seu próprio espaço.

METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS

Nomear todos os objetos e móveis ali presentes, medir a sala com fita métrica,barbante, ou fitas de jornal, fazer a maquete da sala de aula com caixas de sapatos e outros materiais.

Passear pelas dependências da escola: conhecer funcionários, pesquisar a história da escola, trabalhar o nome da escola e sua origem, investigar a comunidade em que se situa( visita pontos comerciais e casas de moradores).

Como é a minha escola?o que falta? O que precisa melhorar?o que mais gosto?

AVALIAÇÃO: A avaliação será feita ao longo do processo .

HIGIENE E SAÚDE

CURIOSIDADES E DICAS PARA APRIMORAR NOSSA UNIDADE DE ESTUDO.


TEMÁTICA: HIGIENE E SAÚDE

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 07 A 29 DE MAIO/2009

COORD. RESPONSÁVEL: JOANA D’ARC DE SOUZA



BANHO: A pele tem milhões de glândulas especiais que produzem suor, e outras que produzem uma substância parecida com sebo. A falta de banho provoca o acúmulo gradativo dessas substâncias, que se somam às sujeiras exteriores (poeira, terra, areia, etc. ). A consequência é o aparecimento de assaduras, além de odor desagradável, e o risco de aparecimento de piolhos e sarna. Frisar a importância do banho diário em países de clima quente,como o nosso, e destacar de chuveiro, que é mais higiênico. De acordo com as necessidades de cada um, ensinar a fazer chuveiro de lata.

SUGESTÕES:

• Realize na sala de aula a” feira do banho” , trazendo todos os objetos envolvidos na higiene corporal.

• Monte-os numa pequena mesa e esta exposição poderá ser usada toda vez que o assunto permitir.



UNHAS: Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são medidas importantes para prevenir certas doenças.Quando a pessoa coloca a mão na boca, a sujeira armazenada debaixo das unhas pode dar origem a verminose e outras doenças intestinais. Além disso, valorizar os aspectos estéticos relacionando à beleza das unhas. E procurar eliminar o hábito de roer unhas.

SUGESTÕES:

• Utilize cartazes ou murais para mostrar hábitos de vestuários do Brasil e de outros países, sob as mais diferentes condições climáticas.

• Mostre a importância do sol na higiene da roupa.

• Destaque a necessidade de se usar roupas sempre limpas, e de ter um lugar para guardar as roupas sujas.

• Mostre a necessidade de andar calçado. Se os pés não estiverem protegidos, correm o risco de sofrer muitas agressões ou machucados, por pregos, espinhos, pedras, etc.

• Além disso, os pés descalços são portas abertas às verminoses ( amarelão, lombriga, solitária) e outras doenças, como o tétano.

LITERATURA INFANTIL

SERVIÇO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


UNIDADE DE ESTUDO: LITERATURA INFANTIL

TEMA: “LENDO E ESCREVENDO COM MONTEIRO LOBATO”

PÚBLICO ALVO: ALUNOS DOS 3º E 4º ANOS

ÁREAS DE CONHECIMENTO: LÍNGUA PORTUGUESA,MATEMÁTICA, CIÊNCIAS, GEOGRAFIA, HISTÓRIA, ARTE, RELIGIÃO.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: DE 01/04 A 30/04

APRESENTÇÃO:

NESTA UNIDADE DE ESTUDO A NOSSA PROPOSTA É CRIAR SITUAÇÕES DE INTERESSE TANTO INDIVIDUAL QUANTO COLETIVO, RESSALTANDO O UNIVERSO FANTÁSTCO DE MONTEIRO LOBATO,VALORIZANDO AIMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE MUNDO, O CONHECIMENTO DE SI E DO OUTRO, AIMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA.

JUSTIFICATIVA:

PROMOVER O CONTATO DAS CRIANÇAS COM O MUNDO LITERÁRIO VOLTADO EXCLUSIVAMENTE PARA O UNIVESO INFANTIL.

OBJETIVO GERAL:

ESTABELECER UM APREÇO PELA LEITURA ATRAVÉS DA LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO.

DESENVOLVIMENTO:

• INICIE UMA CONVERSA COM AS CRIANÇAS FAZENDO UM LEVANTAMENTO SOBRE OS CONHECIMENTOS PRÉVIO, SOBRE O AUTOR E SUAS OBRAS;

• REALIZAR RODAS DE LEITURA;

• RELATAR BREVEMENTE A BIOGRAFIA DE MONTEIRO LOBATO;

• LISTAGEM DOS PERSONAGENS MAIS CONHECIDOS;

• CONFECCIONAR LIVRINHOS COM O TEMA;

• PROPORCIONAR LEITURA E INTERPRETAÇÃO;

• OUVIR AS MÚSICAS RELACIONADAS AS OBRAS DO AUTOR;

• DRAMATIZAÇÕES;

• TRABALHAR COM REESCRITA (HISTÓRIAS E MÚSICAS).


CULMINÂNCIA:


• APRESENTAÇÃO COLETIVA DOS ALUNOS POR TURMA DE MÚSICAS OU POEMAS;

• EXPOSIÇÃO DOS TEXTOS , MURAIS E LIVROS CONFECCIONADOS DURANTE ESTA UNIDADE DE ESTUDOS.

• APRESENTÇÕES INDIVIDUAIS E/OU COLETIVAS DENTRO DA TEMÁTICA ESTUDADA NESTE PERÍODO;

• EXPOSIÇÕES DOS MATERIAIS CONFECCIONADOS;

• DRAMATIZAÇÕES;

• APRESENTÇÃO DE KARAOKÊ (INDIVIDUAL E/ OU COLETIVO), ETC.


AVALIAÇÃO:


A AVALIAÇÃO SERÁ PROCESSUAL.

VERSOS PARA BRINCAR E SORRIR COM VINÍCIOS DE MORAES

UNIDADE DE ESTUDO: VERSOS PARA BRINCAR E SORRIR COM VINÍCIOS DE MORAES.


ÁREAS DE CONHECIMENTO: LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA, ARTES, CIÊNCIAS E LITERATURA INFANTIL.

TEMAS TRANVERSAIS: MEIO AMBIENTE NATUREZA E SOCIEDADE.

PÚBLICO ALVO: ALUNOS DO 1º AO 5º ANO / MATUTINO

DURAÇÃO: 1 MÊS JUL/ AGO 2009

APRESENTAÇÃO:

O PROJETO PROPÕE CRIAR SITUAÇÕES DE INTERESSE TANTO INDIVIDUAL QUANTO COLETIVO, RESSALTANDO AS ARTES VISUAIS, O MOVIMENTO, O CONHECIMENTO DO MUNDO, O CONHECIMENTO DE SI E DO OUTRO, A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM ESCRITA E ORAL, VALORIZANDO OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO: MATEMÁTICA, CIÊNCIAS SOCIAIS, MÚSICA, ALÉM DE EXPLORAR BRINCADEIRAS CONTRUTIVAS.

JUSTIFICATIVA:

OS POEMAS, AO NOSSO VER, PROMOVEM O ENCONTRO DA CRIANÇA COM AS PALAVRAS, ENQUANTO PRODUÇÃO ESTÉTICA. NESTE SENTIDO, LER, OUVIR, APRECIAR E PRODUZIR POEMAS SÃO ASPECTOS SIGNIFICATIVOS PARA A CRIANÇAS QUE INVESTIGAM O UNIVERSO DA ESCRITA.

A ESCOLHA DE TRABALHAR OS POEMAS DE VINÍCIOS DE MORAES SE DEVE PRIMORDIALMENTE À PREFERÊNCIA TEMÁTICA NA OBRA ARCA DE NOÉ TAIS COMO: LUDISMO SEGUIDO DE VALORES EDUCATIVOS FOCALIZADOS NO COTIDIANO CENTRADO NA POESIA ESCRITA PARA O LEITOR INFANTIL.

OBJETIVO GERAL: PROMOVER NOS EDUCANDOS O APREÇO PELA LEITURA FAVORECENDO O DSEENVOLVIMENTO COGNITIVO E SÓCIOCULTURAL.

OBJETIVO ESPECÍFICO:

• ESTIMULAR A CRIATIVIDADE DO ALUNO POR MEIO DE REFLEXÃO;

• LISTAR VÁRIOS POEMAS DE VINÍCIOS DE MORAES.

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POPULARES

UNIDADE DE ESTUDO: BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POPULARES.


ÁREAS DE CONHECIMENTO: LINGUAGEM E ESCRITA.

CLIENTELA: ALUNOS DO 1º AO 5º ANO /MATUTINO

DURAÇÃO: 1 MÊS JUL/ AGO 2009



JUSTIFICATIVA: O ESTUDO DE BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POPULARES PRETENDE CONTRIBUIR PARA O ENRIQUECIMENTO DO CONHECIMENTO DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DA SOCIEDADE E ENVOLVIMENTO SOCIAL ENTRE AS CRIANÇAS. POR ISSO, ACREDITAMOS SER INTERESSANTE OFERECER ÀS CRIANÇAS A OPORTUNIDADE DE ENTRAR EM CONTATO COM ESSAS MANIFESTAÇÕES. CREMOS, TAMBÉM, QUE AO FAZERMOS USO DESSAS SITUAÇÕES ESTAREMOS AMPLIANDO O CONHECIMENTO, RESPEITO E CONVIVÊNCIA COM A DIVERSSIDADE CULTURAL.



OBJETIVOS: RESGATAR JOGOS , BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS INFANTIS DA NOSSA CULTURA POPULAR AMPLIANDO O REPERTÓRIO DA CRIANÇA;

• INSERIR O ALUNO NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA ESCRITA;

• LER PARA APRIMORAR A CAPACIDADE DE APRECIAR TEXTO LITERÁRIO;

• COMPARAR JOGOS DE HOJE COM OS DE ANTIGAMENTE;





PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:

• LEVANTAMENTO PRÉVIO E REGISTRO DE ALGUMAS BRINCADEIRAS;

• VOCÊ BRINCA DE QUE NA HORA DO RECREIO OU EM CASA;

• QUAIS AS BRINCADEIRAS PREFERIDAS? POR QUÊ?

• QUAIS VOCÊS NÃO GOSTAM ? POR QUÊ?

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


1


ACORDO ORTOGRÁFICO

DA LÍNGUA PORTUGUESA



BASE I

DO ALFABETO E DOS NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS

E SEUS DERIVADOS

1º) O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma

delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:

a A (á) j J (jota) s S (esse)

b B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê)

c C (cê) l L (ele) u U (u)

d D (dê) m M (eme) v V (vê)

e E (é) n N (ene) w W (dáblio)

f F (efe) o O (o) x X (xis)

g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon)

h H (agá) q Q (quê) z Z (zê)

i I (i) r R (erre)

Obs.:

1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre

duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e

qu (quê-u).

2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as desig-

nar.

2º) As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:

a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus deriva-

dos: Franklin, frankliniano; Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: Wagner,

wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;

b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados:

Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida

de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste

(West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt. 2

3º) Em congruência com o número anterior, mantém-se nos vocábulos derivados

eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas

ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses no-

mes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersónia/ jeffersônia, de

Jefferson; mülleriano, de Müller; shakesperiano, de Shakespeare.

Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos

de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fú-

chsia e derivados, bungavília/ bunganvílea/ bougainvíllea).

4º) Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em

formas onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph,

ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígra-

fos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José,

Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso,

permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em

vez de Judith.

5º) As consoantes finais grafadas b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam mudas,

quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomea-

damente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bí-

blica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat.

Integram-se também nesta forma: Cid. em que o d é sempre pronunciado;

Madrid e Valhadolid, em que o d ora é pronunciado, ora não; e Calcem ou Cali-

cut, em que o t se encontra nas mesmas condições.

Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antropônimos em apreço

sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.

6º) Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se subs-

tituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam an-

tigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso

corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cher-

burgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Justland, por Jutlândia;

Milano, por Milão; München, por Muniche; Torino, por Turim; Zürich, por

Zurique, etc.



BASE II

DO H INICIAL E FINAL

1º) O h inicial emprega-se:

a) Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor. 3

b) Em virtude da adoção convencional: hã?, hem?, hum!.

2º) O h inicial suprime-se:

a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada

pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em

contraste com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);

b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura

se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir,

inábil, lobisomem, reabilitar, reaver.

3º) O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence

a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/

anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano.

4º) O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!



BASE III

DA HOMOFONIA DE CERTOS GRAFEMAS CONSONÂNTICOS

Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se

necessário diferençar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela

história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na

escrita os grafemas consonânticos homófomos nem sempre permite fácil dife-

renciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, di-

versamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som.

Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:

1º) Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho,

chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha,

facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho,

pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho; ameixa, anexim,

baixei, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxo-

fre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xa-

drez, xarope, xenofobia, xerife, xícara.

2º) Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfage-

me, Álgebra, algema, algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem,

Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, frigir, gelosia, gengiva, ger-

gelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, sege,

Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma es-

pécie de papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jeco- 4

ral, jejum, jeira, jeito, Jeová, jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, je-

rimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, jiquitaia, jirau, jiriti, jiti-

rana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê,

pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito.

3º) Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes sur-

das: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso,farsa, ganso, i-

menso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia,

Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa;

abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benes-

se, Cassilda, codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Co-

dessoso, etc.), crasso, devassar, dossel, egresso, endossar, escasso, fosso,

gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, remessa, sossegar, a-

cém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, Ma-

cedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço,

Buçaco, caçanje, caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção,

linguiça, maçada, Mação, maçar, Moçambique, Monção, muçulmano, murça,

negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, quiçamba, Seiça (grafia que

pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça, terço; auxílio,

Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.

4º) Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com i-

dêntico valor fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar,

esplanada, esplêndido, espontâneo, espremer, esquisito, estender, Estremadu-

ra, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, extraordinário, inextricável, i-

nexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De acordo

com esta distinção convém notar dois casos:

a) Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre

que está precedido de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela

Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, mixto, sixtina, Sixto.

b) Só nos advérbios em -mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final

de sílaba seguida de outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s

toma sempre o lugar do z: Biscaia, e não Bizcaia.

5º) Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/

fônico: aguarrás, aliás, anis, após, atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês,

gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, português, Queirós, quis,

retrós, revés, Tomás, Valdês; cálix, Félix, Fénix flux; assaz, arroz, avestruz,

dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, ja-

ez, matiz, petiz, Queluz, Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito,

deve observar-se que é inadmissível z final equivalente a s em palavra não

oxítona: Cádis, e não Cádiz. 5

6º) Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes

sonoras: aceso, analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, be-

suntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, de-

fesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, frenesi ou frenesim,

frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar,

homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses,

narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Re-

sende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso;

exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável; abalizado,

alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar, be-

leza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza,

guizo, helenizar, lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar,

Veneza, Vizela, Vouzela.



BASE IV

DAS SEQUÊNCIAS CONSONÂNTICAS

1º) O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c

com valor de sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com va-

lor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam.

Assim:

a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronún-

cias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pac-

to, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.

b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias

cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo,

direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.

c) Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa

pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam en-

tre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e

carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concep-

ção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção.

d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo

com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-

se, respetivamente, nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e

assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e

suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade. 6

2º) Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa

pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam en-

tre a prolação e o emudecimento: o b da seqüência bd, em súbdito; o b da se-

qüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd, em amígdala,

amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopati-

a, amigdalotomia; o m da seqüência mn, em amnistia, amnistiar, indemne,

indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.; o t da

seqüência tm, em aritmética e aritmético.



BASE V

DAS VOGAIS ÁTONAS

1º.) O emprego do e e do i, assim como o do o e do u em sílaba átona, regula-se

fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das pa-

lavras. Assim, se estabelecem variadíssimas grafias:

a) Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão,

cardeal (prelado, ave, planta; diferente de cardial = "relativo à cárdia"), Cea-

rá, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Le-

onor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase (em vez

de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, a-

mieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo e substantivo), corno/a,

crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamen-

te Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualá-

vel, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro,

Vimioso.

b) Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar

costume, díscolo, êmbolo, engolir, epístola, esbafonir-se, esboroar, farândo-

la, femoral, Freixoeira, girândola, goela, jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbo-

lo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, tá voa, tavoada, távola, tômbo-

la, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense,

assumir, bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur,

fistula, glândula, ínsua, jucundo, légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual,

Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua, tabuada, tabuleta, trégua,

vitualha.

2º) Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que

se fixam graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a con-

sulta dos vocabulários ou dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve

empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns casos em que o uso dessas

vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes: 7

a) Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos

e adjetivos que procedem de substantivos terminados em -elo e -eia, ou com

eles estão em relação direta. Assim se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por

aldeia; areal, areeiro, areento, Areosa por areia; aveal por aveia; baleal por

baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; centeeira e centeeino por

centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia.

b) Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/

tônica, os derivados de palavras que terminam em e acentuado (o qual pode

representar um antigo hiato: ea, ee): galeão, galeota, galeote, de galé; corea-

no, de Coreia; daomeano, de Daomé; guineense, de Guiné; poleame e poleei-

ro, de polé.

c) Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e

substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação verná-

cula -iano e -iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano

e -ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde -ano e -

ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duniense,

flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniamo, goisiano (relativo a

Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torniano, torniense (de

Torre(s)).

d) Uniformizam-se com as terminações -io e -ia (átonas), em vez de -eo e -ea, os

substantivos que constituem variações, obtidas por ampliação, de outros

substantivos terminados em vogal; cúmio (popular), de cume; hástia, de has-

te; réstia, do antigo neste, véstia, de veste.

e) Os verbos em -ear podem distinguir-se praticamente, grande número de ve-

zes, dos verbos em -iar, quer pela formação, quer pela conjugação e forma-

ção ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso todos os verbos que se pren-

dem a substantivos em -elo ou -eia (sejam formados em português ou ve-

nham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, por alheio;

cear por ceia; encadear por cadeia; pean, por pela; etc. Estão no segundo ca-

so todos os verbos que têm normalmente flexões rizotónicas/rizotônicas em -

eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, hastear,

nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em -iar, ligados a substan-

tivos com as terminações átonas -ia ou -io, que admitem variantes na conju-

gação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. pré-

mio/prêmio); etc.

f) Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escre-

ve-se, por isso: moto, em vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto

próprio); tribo, em vez de tribu. 8

g) Os verbos em -oar distinguem-se praticamente dos verbos em -uar pela sua

conjugação nas formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba

acentuada: abençoar com o, como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o,

como destoo, destoas, etc.; mas acentuar, com u, como acentuo, acentuas,

etc.



BASE VI

DAS VOGAIS NASAIS

Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes precei-

tos:

1º) Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento

seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de tim-

bre a; por m, se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; e por n se é

de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-Bretanha, lã, órfã, sã-

braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense = de S. Brás de Alpor-

tel); clarim, tom, vacum, flautins, semitons, zunzuns.

2º) Os vocábulos terminados em -ã transmitem esta representação do a nasal aos

advérbios em -mente que deles se formem, assim como a derivados em que

entrem sufixos iniciados por z: cristãmente, irmãmente, sãmente; lãzudo,

maçãzita, manhãzinha, romãzeira.



BASE VII

DOS DITONGOS

1º) Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distri-

buem-se por dois grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento

do ditongo é representado por i ou u: ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou: braçais,

caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, lencóis

(mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar, ilhéu (mas

ilheuzito), mediu, passou, regougar.

Obs.: Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos,

os ditongos grafados ae (= âi ou ai) e ao (âu ou au): o primeiro, representado nos

antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos de-

rivados e compostos (caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas

combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome

demonstrativo o, ou seja, ao e aos. 9

2º) Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos particu-

lares:

a) É o ditongo grafado ui, e não a seqüência vocálica grafada ue, que se emprega

nas formas de 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e igual-

mente na da 2ª pessoa do singular do imperativo dos verbos em -uir: consti-

tuis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com todos os ca-

sos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guar-

dafui, Rui, etc.); e ficam assim em paralelo gráfico-fonético com as formas

de 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e de 2ª pessoa do

singular do imperativo dos verbos em -air e em -oer: atrais, cai, sai; móis,

remói, sói.

b) É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a

união de um u a um i átono seguinte. Não divergem, portanto, formas como

fluido de formas como gratuito. E isso não impede que nos derivados de

formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se separem: fluídico, fluidez (u-

i).

c) Além dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes,

admite-se, como é sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem consi-

derar-se no número deles as seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas,

tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo:

áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, ténue/tênue, tríduo.

3º) Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como

átonos, pertencem graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos repre-

sentados por vogal com til e semivogal; ditongos representados por uma vo-

gal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e outros:

a) Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, conside-

rando-se apenas a língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocábulos o-

xítonos e derivados), ãi (usado em vocábulos anoxítonos e derivados), ão e

õe. Exemplos: cães, Guimarães, mãe, mãezinha; cãibas, cãibeiro, cãibra, zãi-

bo; mão, mãozinha, não, quão, sótão, sotãozinho, tão; Camões, orações, ora-

çõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-

se o ditongo ũi; mas este, embora se exemplifique numa forma popular como

rũi = ruim, representa-se sem o til nas formas muito e mui, por obediência à

tradição.

b) Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são

dois: am e em. Divergem, porém, nos seus empregos:

i) am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreve-

ram, puseram; 10

ii) em (tónico/tônico ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológi-

cas diversas, incluindo flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas

determinadas pela posição, pela acentuação ou, simultaneamente, pela posi-

ção e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem, quem,

sem, tem, virgem; Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, en-

quanto, homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém (varia-

ção do ámen), armazém, convém, mantém, ninguém, porém, Santarém, tam-

bém; convêm, mantêm, têm (3as

pessoas do plural); armazéns, desdéns, con-

véns, reténs; Belenzada, vintenzinho.



BASE VIII

DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS OXÍTONAS

1º) Acentuam-se com acento agudo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -

a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, ponta-

pé(s); avó(s,), dominó(s), paletó(s,), só(s).

Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tóni-

co/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas

pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agu-

do como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê,

caraté ou caratê, croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné ou matinê, nené ou

nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.

O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ré (letra do alfabeto

grego) e ré. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô,

a par de metro.

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos

lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após

a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s)

(de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s)

(de faz-lo(s)), fá-lo(s)-às (de far-lo(s)-ás), habita-la(s)-iam (de habitar-la(s)-

iam), tra-la(s)-á (de trar-la(s)-á).

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal

(presente do indicativo etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entre-

téns, harém, haréns, porém, provém, provéns, também.

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, éu ou ói, podendo

estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; 11

céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de correr), herói(s), remói (de re-

moer), sóis.

2º) Acentuam-se com acento circunflexo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se

grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de

ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s).

b) As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com os pronomes clíticos -

lo(s) ou -la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se

grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r,

-s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo-(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de

fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s)

(de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas,

mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), e-

lemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Exce-

tua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por.



BASE IX

DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS

1º) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo,

grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, an-

golano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano

2º) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais

abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps,

assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas

das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl.

dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. répteis; var. reptil,

pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen

(pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes),

lúmen (pl. lúmenes ou lúmens); acúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almísca-

res), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou carac-

teres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices,

índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. to-

race, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl.

fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes). 12

Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com a vogais tónicas/tônicas grafa-

das e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apre-

sentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte,

também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xê-

non; fêmure fémur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais

abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s),

-i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órgão (pl. ór-

gãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), a-

máveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis

(de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis

(id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (di. júris), oá-

sis (sg. e pl.); álbum (di. álbuns), fórum (di. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus

(sg. e pl.).

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas

grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n,

apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assina-

lado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gó-

nis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tô-

nus, Vénus e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba

tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos

casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia,

ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onoma-

topeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.),

Azoia, hoia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do

verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoi-

co, zoina.

4º) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito per-

feito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das corres-

pondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o

timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do

português.

5º) Recebem acento circunflexo:

a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fecha-

das com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r, ou -x, assim como as

respectivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas:

cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. câ-

none (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfa- 13

res), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax(sg. e pl.), bômbix, var.

bômbice (pl. bômbices).

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fecha-

das com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: bên-

ção(s), côvão(s), Estêvão, zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de

escrever) ,fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl.

de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) As formas verbais têm e vêm, 3as

pessoas do plural do presente do indicativo

de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente / tãjãj /, /

vãjãj / ou /te)e)j/, /ve)e)j/ ou ainda / te)je)j /, / ve)je)j/; cf. as antigas grafias preteri-

das, têem, vêem, a fim de se distinguirem de tem e vem, 3as

pessoas do sin-

gular do presente do indicativo ou 2as

pessoas do singular do imperativo; e

também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abs-

tém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), des-

convêm (cf. desconvém), detêm (cf. detem), entretem (cf. entretém), inter-

vêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf.

provém), sobrevêm (cf. sobrevém).

Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervê-

em, mantêem, provêem, etc.

6º) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indica-

tivo), no que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo

(pode).

b) Facultativamente, dêmos (1ª pessoa do plural do presente do conjuntivo), para

se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo

(demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo; 3ª pessoa do

singular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo do

verbo formar).

7º) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que con-

têm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª

pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os ca-

sos: creem deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem

(conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tóni-

ca/tonica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, subs-

tantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão

de voar, etc. 14

9º) Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir pa-

lavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou

fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distin-

guir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s)

(é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo

(é), flexão de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); po-

lo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s);

etc.

10º) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas ho-

mógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo, e a-

certo (é,), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de

acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva

cerca de, e cerca (é,), flexão de cercar; coro (ó), substantivo, e flexão de co-

rar; deste (ê), contração da preposição de com o demonstrativo este, e deste

(é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição

e substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc.



BASE X

DA ACENTUAÇÃO DAS VOGAIS TÓNICAS/TÔNICAS

GRAFADAS I E U

DAS PALAVRAS OXÍTONAS E PAROXÍTONAS

1º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas

levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam

ditongo e desde de que não constituam sílaba com a eventual consoante se-

guinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de atrair), baú,

caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, a-

traiam (de atrair), atraísse (id.) baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faís-

ca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes,

recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.

2º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas

não levam acento agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam

ditongo, constituem sílaba com a consoante seguinte, como é o caso de nh, l,

m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul; Aboim, Coimbra, ruim;

ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, influir, influir-

mos; juiz, raiz; etc.

3º) Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tóni-

ca/tônica grafada i das formas oxítonas terminadas em r dos verbos em -air e

-uir, quando estas se combinam com as formas pronominais clíticas -lo(s), -

la(s), que levam à assimilação e perda daquele -r: atraí-lo(s,) (de atrair-lo(s)); 15

atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-ia

(de possuir-la(s) -ia).

4º) Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das

palavras paroxítonas, quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiu-

no, cauila (var. cauira), cheinho (de cheio), sainha (de saia).

5º) Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando,

precedidas de ditongo, pertencem a palavras oxítonas e estão em posição fi-

nal ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.

Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispen-

sam o acento agudo: cauim.

6º) Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui,

quando precedidos de vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).

7º) Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tóni-

ca/tônica grafada u nas formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui,

arguem; argua, arguas, argua, arguam. O verbos do tipo de aguar, apaniguar,

apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e

afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotóni-

cas/rizotônicas igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exem-

plo de averiguo, averiguas, averigua, averiguam; averigue, averigues, averi-

gue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-

gues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem;

mas delinquimos, delin quis) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acen-

tuadas fónica/fônica e graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de

averíguo, averíguas, averígua, averíguam; averígue, averígues, averígue, ave-

ríguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxá-

gue, enxáguem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delín-

quas, delínqua, delínquam).

Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registre-se que os verbos

em -ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em -

inguir sem prolação do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente

regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, etc.; distingo, distinga, distingue, dis-

tinguimos, etc.).



BASE XI

DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PROPAROXÍTONAS

1º) Levam acento agudo: 16

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais

abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aber-

ta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope,

músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tóni-

ca/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral come-

çado por vogal aberta, e que terminam por seqüências vocálicas pós-

tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-

ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopé-

dia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exí-

guo, vácuo.

2º) Levam acento circunflexo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fe-

chada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfo-

ra, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos

(de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera,

plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fecha-

das na sílaba tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-

tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes:

amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais

ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de

sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu

timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua:

académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómo-

do/cômodo, fenómeno/ fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; A-

mazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea,

gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.



BASE XII

DO EMPREGO DO ACENTO GRAVE

1º) Emprega-se o acento grave:

a) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome

demonstrativo o: à (de a+a), às (de a+as); 17

b) Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles,

aquelas e aquilo ou ainda da mesma preposição com os compostos aquelou-

tro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo; àqueloutro(s), àqueloutra(s).



BASE XIII

DA SUPRESSÃO DOS ACENTOS EM PALAVRAS DERIVADAS

1º) Nos advérbios em -mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou cir-

cunflexo, estes são suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil),

facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), ingenuamente (de ingênuo), lu-

cidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente (de

único), etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamica-

mente (de dinâmico), espontaneamente (de espontâneo), portuguesmente (de

português), romanticamente (de romântico).

2º) Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de

base apresentam vogal tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes

são suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebé),

cafezada (de café), chapeuzinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de

herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãozinho (de órfão), vintenzi-

to (de vintém), etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazi-

ta (de lâmpada), pessegozito (de pêssego).



BASE XIV

DO TREMA

O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portugue-

sas ou aportuguesadas. Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja sepa-

ração de duas vogais que normalmente formam ditongo: saudade, e não saüdade,

ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que trissílabo; etc.

Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distin-

guir, em sílaba átona, um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para

distinguir, também em sílaba átona, um i ou um u de um ditongo precedente,

quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou de qu de um

e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar,

oleicultura, paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; a-

guentar, anguiforme, arguir, bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguísti-

co; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade. 18

Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em pa-

lavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülle-

riano, de Müller, etc.



BASE XV

DO HÍFEN EM COMPOSTOS,

LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES

1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm

formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral

ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acen-

to próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido:

ano-luz, arce-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rai-

nha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-

perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense,

sul-africano; afro-asiático, cifro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro,

primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-

gotas, finca-pé, guarda-chuva.

Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a

noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, man-

dachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

2º) Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos ad-

jetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por

artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-

Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha,

Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-

Montes.

Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os ele-

mentos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde,

Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O topónimo/topônimo Guiné-

Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.

3º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas

e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro ele-

mento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; benção-de-

deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inâcio, bem-me-quer

(nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-

grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d'água, les-

ma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro). 19

4º) Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando es-

tes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e

semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio

bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por

consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-

estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado

(cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf malfalante),

bem-mandado (cf. malmandado). bem-nascido (cf. malnascido) , bem-soante

(cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).

Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o se-

gundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeitor, ben-

querença, etc.

5º) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e

sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-fiar, aquém-

Pireneus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimônia, sem-número, sem-

vergonha.

6º) Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronomi-

nais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o

hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de á-

gua-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia,

ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem

hífen as seguintes locuções:

a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;

b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho;

c) Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja;

d) Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução

que se contrapõe a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), de-

pois de amanhã, em cima, por isso;

e) Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, a-

pesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de,

quanto a;

f) Conjuncionais: afim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conse-

guinte, visto que.

7º) Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se

combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vo-

cabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio- 20

Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, e

bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topóni-

mos/topônimos (tipo: Austria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tó-

quio-Rio de Janeiro, etc.).



BASE XVI

DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO,

RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO

1º) Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-,

contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, su-

per-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com ele-

mentos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais co-

mo: aero-, agro-, arqui-, auto-, hio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, ma-

xi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto, pseudo, retro-, semi-, tele-

, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:

a) Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-

higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-

harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-

hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-

helénico/neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.

Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os

prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano,

desumidificar, inábil, inumano, etc.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal

com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-

axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, mi-

cro-onda, semi-interno.

Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o

segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, co-

ordenar, cooperação, cooperar, etc.

c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento

começa por vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a):

circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-

mágico, pan-negritude. 21

d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados

com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-

revista.

e) Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou ces-

samento), sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira,

ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vice-

presidente, vice-reitor, vizo-rei.

f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-,

pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que

acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o e-

lemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); pré-

escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).

2º) Não se emprega, pois, o hífen:

a) Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o se-

gundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se,

prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domí-

nios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra,

contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como hiorrit-

mo, hiossatélite. eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o se-

gundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada

também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducação.

extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hi-

droelétrico, plurianual.

3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos ter-

minados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjeti-

vas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal

acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos

dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-

Mirim.



BASE XVII

DO HÍFEN NA ÊNCLISE, NA TMESE E COM O VERBO HAVER

1º) Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe;

amá-lo-ei, enviar-lhe-emos. 22

2º) Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilá-

bicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.

Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e re-

quer, dos verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas

formas conservam-se, no entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s).

Nestes contextos, as formas (legítimas, aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usa-

das.

2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao ad-

vérbio eis (eis-me, ei-lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do

tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por ex.: esperamos que no-lo com-

prem).



BASE XVIII

DO APÓSTROFO

1º) São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:

a) Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutina-

ção vocabular, quando um elemento ou fração respectiva pertence propria-

mente a um conjunto vocabular distinto: d'Os Lusíadas, d'Os Sertões; n'Os

Lusíadas, n'Os Sertões; pel'Os Lusíadas, pel'Os Sertões. Nada obsta, contu-

do, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições ínte-

gras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os

Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.

As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, em-

bora sem emprego do apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras

pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (e-

xemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais

casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitu-

ra a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.

b) Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabu-

lar, quando um elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe

quer dar realce com o uso de maiúscula: d'Ele, n'Ele, d'Aquele, n'Aquele,

d'O, n'O, pel'O, m'O, t'O, lh'O, casos em que a segunda parte, forma mascu-

lina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d'Ela, n'Ela, d'Aquela, n'Aquela, d'A,

n'A, pel'A, tu'A, t'A, lh'A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é

aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc. Exemplos frásicos: confiamos

n'O que nos salvou; esse milagre revelou-m'O; está n'Ela a nossa esperança;

pugnemos pel'A que é nossa padroeira. 23

À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto

que sem uso do apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma

pronominal realçada pela maiúscula: a O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se

que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a O =

ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode: a Aquela

que nos protege.

c) Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do ha-

giológio, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a:

Sant’Ana, Sant'Iago, etc. É, pois, correto escrever: Calçada de Sant'Ana. Rua

de Sant'Ana; culto de Sant'Iago, Ordem de Sant'Iago. Mas, se as ligações

deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant'Ana e Sant'Iago, se tornam

perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de San-

tana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de San-

tiago, Santiago do Cacém. Em paralelo com a grafia Sant'Ana e congêneres,

emprega-se também o apóstrofo nas ligações de duas formas antroponímicas,

quando é necessário indicar que na primeira se elide um o final: Nun'Álva-

res, Pedr'Eanes.

Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de e-

lisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno

Álvares, Pedro Álvares, etc.

d) Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a eli-

são do e da preposição de, em combinação com substantivos: horda-d'água.

cobra-d'água, copo-d'água, estrela-d'alva, galinha-d'água, màe-d'água, pau-

d'água, pau-d'alho, pau-d'arco, pau-d'óleo.

2º) São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo:

Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e

em com as formas do artigo definido, com formas pronominais diversas e com

formas adverbiais (excetuado o que se estabelece nas alíneas 1º) a) e 1º) b) ).

Tais combinações são representadas:

a) Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas:

i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; des-

se, dessa, desses, dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daqui-

lo; destoutro, destoutra, destoutros, destoutras; dessoutro, dessoutra, dessou-

tros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros, daqueloutras; daqui;

daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente);

ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto;

nesse, nessa, nesses, nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, na- 24

quilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros, nestoutras; nessoutro, nessoutra, nes-

soutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros, naqueloutras;

num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum,

nalguma, nalguns, nalgumas, nalguém.

b) Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uni-

ões perfeitas (apesar de serem correntes com esta feição em algumas pronún-

cias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum, duma, duns, dumas; de al-

gum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de

alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures,

dalhures; de outro, de outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou

doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem, doutrora; de aquém ou daquém; de

além ou dalém; de entre ou dentre.

De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da lo-

cução adverbial de ora avante como do advérbio que representa a contração dos

seus três elementos: doravante.

Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou

pronominais o, a, os, as, ou com quaisquer pronomes ou advérbios começados

por vogal, mas acontece estarem essas palavras integradas em construções de in-

finitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com a forma

imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: afim de ele compreender;

apesar de o não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de

o conhecer; por causa de aqui estares.



BASE XIX

DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS

1º) A letra minúscula inicial é usada:

a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.

b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; prima-

vera.

c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscu-

la, os demais vocábulos, podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes

próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do paço de Ninães, O Se-

nhor do paço de Ninães, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e

Tambor.

d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano. 25

e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW su-

doeste).

f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste

caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel

Mário Abrantes, o Cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).

g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcional-

mente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou

Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Mo-

dernas).

2º) A letra maiúscula inicial é usada:

a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca

de Neve, D. Quixote.

b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de

Janeiro; Atlântida, Hespéria.

c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/

Netuno.

d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias

da Previdência Social.

e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os San-

tos.

f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Esta-

do de São Paulo (ou S. Paulo).

g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente:

Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pe-

lo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Orien-

te, por oriente asiático.

h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente regula-

das com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas:

FAO, NATO, ONU; H2O, Sr., V. Exª.

i) Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierar-

quicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos:

(rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou

Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios

(palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha). 26

Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obs-

tam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos

ou normalizações específicas (terminologias antropológica. geológica, biblioló-

gica, botânica, zoológica etc.), promanadas de entidades científicas ou normali-

zadoras, reconhecidas internacionalmente.



BASE XX

DA DIVISÃO SILÁBICA

A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-

cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, te-me-se), e na qual, por

isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a

etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vó, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-

pe-ra-cús-ti-co, i-ná-bil, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos

particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim

de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:

1º) São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, por-

tanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem

perfeitos grupos, ou sejam (com exceção apenas de vários compostos cujos

prefixos terminam em h, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez

de a-blegação, a-dligar, su-blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira

consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segun-

da um l ou um r: ablução, cele-brar, du-plicação, re-primir; a-clamar, de-

creto, de-glutição, re-grado; a-tlético, cáte-dra, períme-tro; a-fluir, a-fricano,

ne-vrose.

2º) São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não

constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com

valor de anasalidade, e uma consoante: ab-dicar, Ed-gordo, op-tar, sub-por,

absoluto, ad-jetivo, af-ta, bet-samita, íp-silon, ob-viar; des-cer, dis-ciplina,

flores-cer, nas-cer, res-cisão; ac-ne, ad-mirável, Daf- ne, diafrag-ma, drac--

ma, ét-nico, rit-mo, sub-meter, am-nésico, interam- nense; bir-reme, cor-roer,

pror-rogar; as-segurar, bis-secular, sos- segar; bissex-lo, contex-to, ex-citar,

atroz-mente, capaz-mente, infeliz- mente; am-bição, desen-ganar, en-xame,

man-chu, Mân-lio, etc.

3º) As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasa-

lidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se ne-

las entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1º),

esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o

precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos,

a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: 27

cambraia, ec-tlipse, em-blema, ex-plicar, in-cluir, ins-crição, subs-crever,

trans-gredir; abs-tenção, disp-neia, inters-telar, lamb-dacismo, sols-ticial,

Terp-sícore, tungs-tênio.

4º) As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que

pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui,

ora-ção, sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas não é u precedi-

do de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala-úde, áre-

as, co-apeba, co-ordenar, do-er, flu-idez, perdo-as, vo-os. O mesmo se aplica

aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e

vogais: cai-ais, caí-eis, ensaí-os, flu-iu.

5º) Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vo-

gal ou ditongo imediato (ne-gue, ne-guei; pe-que, pe-quei, do mesmo modo

que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á-gua, ambí-guo, ave-

ri-gueis; longín-quos, lo-quaz, quais-quer.

6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de pala-

vras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um

dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no

início da linha imediata: ex-alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos,

vice- -almirante.



BASE XXI

DAS ASSINATURAS E FIRMAS

Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costu-

me ou registro legal, adote na assinatura do seu nome.

Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas

comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em re-

gistro público.